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sexta-feira, 5 de setembro de 2025

O LOBO E O CORDEIRO

   Aquele verão estava muito quente e um lobo dirigiu-se a um riachinho, disposto a refrescar-se um pouco. Quando se preparava para mergulhar o focinho na água, ouviu um leve rumor e viu a grama se mexendo. Ao olhar em direção ao barulho, avistou, logo adiante, um cordeirinho, que bebia tranquilamente.

   — Que sorte! – pensou o lobo. – Vim para beber água e encontro comida também... 

       Pôs um tom severo na voz e chamou: 

   — Ei, você aí!

 — É comigo que o senhor está falando? – surpreendeu-se o cordeirinho.     – Que deseja?

 __ O que é que eu desejo? Ora, seu mal-educado! Não vê que, ao beber, você suja a minha água? Nunca ninguém ensinou você a respeitar os mais velhos? 

     — Senhor... Como pode dizer isso? Olhe como bebo com a ponta da língua... Além do mais, com sua licença, eu estou mais abaixo, e o senhor mais acima... A água passa primeiro pelo senhor e só depois por mim. Não é possível que eu o incomode! – respondeu o cordeirinho, com voz trêmula. 

       — Ora essa! Com a sua idade já quer me ensinar para que lado corre a água?

       — Não, de jeito nenhum, não é isso... Só queria que reparasse... 

     — Que reparar que nada! Você não me engana! Pensa que escapará, como no ano passado, quando andava por aí, falando mal da minha família? “Os lobos são assim, os lobos são assados!” Você teve muita sorte, por nunca termos nos encontrado, senão eu já teria mostrado a você como são os lobos!

       — Nem imagino quem lhe contou isso, senhor, mas é mentira. A prova é que, no ano passado, eu ainda nem tinha nascido... 

       — Pois, se não foi você, foi o seu pai! – rosnou o lobo, saltando em cima do pobre inocente e devorando-o. 


Moral: Quando uma pessoa está decidida a fazer mal, qualquer razão lhe serve, inclusive uma mentira.

                                         (Livro Fábulas de Esopo – editora Paulus).

 

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Uma Fábula de Esopo


O MACHADO E AS ÁRVORES




Um homem foi à floresta e pediu as árvores que estas lhe doassem um cabo para o seu machado. O conselho das árvores concordou com o seu pedido e deu a ele uma jovem árvore para este fim. Logo que o homem colocou o novo cabo no machado, começou furiosamente a usá-lo e em pouco tempo havia derrubado com seus potentes golpes, as maiores e mais nobres árvores da floresta. Um velho Carvalho, lamenta quando a destruição dos seus companheiros já está bem adiantada, e diz a um Cedro seu vizinho: O primeiro passo significou a perdição de todas nós. Tivéssemos respeitado os direitos daquela jovem árvore, ainda teríamos os nossos próprios e o direito de ficarmos de pé por muitos anos. 
Autor: Esopo  

Moral da História: 
"Quem menospreza ou discrimina seu semelhante, não deve se surpreender se um dia lhe fizerem a mesma coisa."



Para saber mais sobre Esopo:

terça-feira, 24 de julho de 2012

Uma fábula de Esopo


O Avarento

Um avarento tinha enterrado seu pote de ouro num lugar secreto do seu jardim. E todos os dias, antes de ir dormir, ele ia até o ponto, desenterrava o pote e contava cada moeda de ouro para ver se estava tudo lá. Ele fez tantas viagens ao local que um Ladrão, que já o observava há bastante tempo, curioso para saber o que o Avarento estava escondendo, veio uma noite, e sorrateiramente desenterrou o tesouro levando-o consigo. 

Quando o Avarento descobriu sua grande perda, foi tomado de aflição e desespero. Ele gemia e chorava enquanto puxava seus cabelos. Alguém que passava pelo local, ao escutar seus lamentos, quis saber o que acontecera. "Meu ouro! Todo meu ouro!" chorava inconsolável o avarento, "alguém o roubou de mim!", disse o Muquirana Ancião.

"Seu ouro! Ele estava nesse buraco? Por que você o colocou aí? Por que não o deixou num lugar seguro, como dentro de casa, onde poderia mais facilmente pegá-lo quando precisasse comprar alguma coisa?", retrucou o forasteiro.
"Comprar!" exclamou furioso o Avarento. "Você não sabe o que diz! Ora, eu jamais usaria aquele ouro. Nunca pensei de gastar dele uma peça sequer!" 
Então, o estranho pegou uma grande pedra e jogou dentro do buraco vazio. 
"Se é esse o caso," ele disse, "enterre então essa pedra. Ela terá o mesmo valor que tinha para você o tesouro que perdeu!" 

Moral: Uma coisa ou posse só tem valor quando dela fazemos uso


O LOBO E O CORDEIRO

   Aquele verão estava muito quente e um lobo dirigiu-se a um riachinho, disposto a refrescar-se um pouco. Quando se preparava para mergulha...